Agricultura familiar se reinventa para manter-se no mercado

Sicredi apoia iniciativas dos associados para fortalecer o setor na pandemia

O comércio de modo geral sofre com a redução do atendimento ao público, em função da pandemia do coronavírus. Os reflexos estão sendo sentidos também na agricultura familiar, incluindo agroindústrias, em que muitas estão enfrentando desafios, pela redução nas vendas. Para ajudar neste processo, as pessoas de cada município podem contribuir para a manutenção da economia local, comprando os produtos destas agroindústrias.

Com o objetivo de atender as expectativas dos consumidores, os proprietários destes espaços de produção de alimentos estão se reinventando para manterem-se no mercado. Este é o caso da Agroindústria Familiar de Panificação, instalada no distrito de Saltinho, em Rodeio Bonito/RS. A proprietária Marciliane Fátima Fereira, está fazendo as vendas de porta em porta, pois entregava boa parte de sua produção em municípios vizinhos, integrando a merenda em escolas que estão sem atividade presencial. Para aumentar suas vendas, Marciliane foi em busca de ampliar a variedade de produtos – atualmente produz vários tipos de pães, de bolachas e massas – e também se empenhou em conseguir se adequar as legislações para poder comercializar os produtos também em mercados.

- Há pouco tempo confeccionamos os rótulos de cada produto e conseguimos o selo Sabor Gaúcho, o que nos permite vender em outras cidades. Precisamos ampliar o nosso mercado, porque em função da pandemia meu marido, que é garimpeiro, não pode exercer suas atividades e isso diminuiu consideravelmente a renda da nossa família. Temos três filhos e vamos nos reinventar quantas vezes forem necessárias para garantir o sustento deles – assegura.

Sobre a valorização das agroindústrias, Marciliane orienta às pessoas em geral para comprarem os produtos fabricados, pois todos têm qualidade, acompanhamento de nutricionista, fiscalização severa e tudo está enquadrado dentro da legislação. “Fico agradecida a quem já opta pelos nossos produtos, mas gostaria que mais pessoas pudessem experimentar a nossa produção, para expandirmos nossas vendas e conseguirmos deixar a agroindústria com as portas abertas”, salienta a proprietária.

Para garantir a qualidade dos alimentos, Marciliane conta com a ajuda da Emater/RS-Ascar e do Sicredi – que foi parceiro em vários momentos. “A Cooperativa me ajudou pagando metade do curso de boas práticas que durou uma semana e foi realizado em Erechim/RS. Era obrigatório eu fazer este treinamento para conseguir o alvará. Também participei de outras capacitações voltadas à alimentação que o Sicredi me proporcionou. Isso foi muito significativo para mim e sou grata pela ajuda constante”, conta a associada do Sicredi.

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